sexta-feira, 4 de junho de 2010

Aprendizagem por videoconferência: uma leitura crítica

Texto escrito por Camilla Araújo


O texto “Aprendizagem por videoconferência”, de Dulce Márcia Cruz, apresenta de forma clara e objetiva aspectos da aula a distância por videoconferência, tanto os positivos quanto os negativos. Ele nos leva a refletir sobre como a aprendizagem por videoconferência pode ser eficaz no processo de ensino-aprendizagem.

Para contextualizar o assunto do texto, a autora apresenta um breve histórico de como a videoconferência começou a ser utilizada. Nascida como ferramenta para comunicação empresarial e desenvolvida para possibilitar reuniões de negócios, a videoconferência passou a ser usada com um fim educativo. Isso porque, dentre as mídias aplicadas na EAD, é a que está mais próxima do presencial, pois possibilita que participantes situados em lugares diferentes possam se comunicar por meio de som e imagem.

Porém, segundo Dulce Márcia Cruz, quando utilizada para aulas, a situação muda um pouco, pois são várias as relações existentes: aluno/interface, aluno/ conteúdo, professor/aluno, aluno/aluno. Isso exige que o professor e os alunos tenham uma postura adequada a esta nova realidade de ensino, devido a inúmeros fatores.

Dentre estes fatores, foi citada a possibilidade das tecnologias apresentarem falhas. Na midiatização da sala de aula, as tecnologias passam a constituir e definir o próprio ambiente de ensino, o entorno e meio pelo qual a situação de aprendizagem acontece. Caso os instrumentos técnicos apresentem alguma falha, a aula será diretamente afetada.

Por isso, o professor precisa estar capacitado para lidar com essas situações. Ele deve dominar os recursos tecnológicos envolvidos no processo, de forma que os utilize de maneira apropriada. Assim, a videoconferência pode ser um ótimo meio de se ter uma aula a distância, mesmo com as suas limitações. E, como forma de confirmar as informações colocadas, a autora utilizou textos que narram a experiência da aula por videoconferência no Brasil, onde ainda não é muito utilizada.

No curso de mestrado por videoconferência da UFSC, alunos e professores tiveram uma atitude positiva em relação à interação da aula. Entretanto, isso exigiu uma mudança no estilo de aprendizagem e nas estratégias de ensino. Mostrou-se fundamental, por exemplo, a preparação das aulas a fim de que a interação entre alunos e professor pudesse ser satisfatória. Alguns professores  informaram que foi necessário mudar a dinâmica da aula de para que ela atendesse aos objetivos propostos, já que a EAD diminui a flexibilidade na mudança de estratégias de ensino. Portanto, para que dê resultados, o professor precisa refletir sobre soluções e estar em um constante processo de atualização.

Existe, também, a questão técnica envolvida nesta nova forma de ensinar. Pesquisas demonstram que as aulas são mais satisfatórias quando o professor está distante de todos os alunos. Quando há alunos na sala onde o professor está, os alunos que estão a distancia se sentem desfavorecidos. E o próprio professor sente dificuldade em tratar igualmente os que estão próximos.

O texto “Aprendizagem por videoconferência”, portanto, apresenta de forma objetiva alguns assuntos que envolvem o ensino por videoconferência, nos levando a refletir e questionar em quais circunstâncias a videoconferência pode ser uma importante aliada no aprendizado. As experiências relatadas demonstram que a aula por videoconferência pode alcançar os objetivos propostos, quando  planejada e ministrada de maneira adequada. 

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